
Bulimia
É um transtorno alimentar que deve ser acompanhado com atenção, pois, pode causar sintomas prejudiciais à vida do paciente.
Apesar de ser mais comum em mulheres, é importante ressaltar que a bulimia também afeta pessoas do sexo masculino.
Na bulimia nervosa, o paciente tem excessos de compulsão alimentar, ingerindo muitos alimentos de uma só vez e geralmente optando por escolhas com uma carga enorme de calorias. Em seguida, se sente culpado pelo episódio de compulsão alimentar e esforça-se para tentar eliminar aquilo que comeu, por meio de vômitos ou induzindo diarreias.
Diferentemente da anorexia, na bulimia nervosa o paciente não fica desnutrido ou excessivamente magro, o que pode tornar difícil para seus amigos e familiares notarem a condição para incentivá-lo a buscar ajuda. Nessa condição, o emagrecimento não é tão aparente e os episódios de eliminação daquilo que foi consumido costumam ser encarados em segredo.
Causas
Muitos fatores podem ser levados em consideração no momento do paciente desenvolver a bulimia nervosa. Ele pode, por exemplo, ter um desejo exacerbado de cuidar de seu corpo e acabar fazendo dietas excessivamente restritivas, causando a compulsão alimentar.
O paciente também pode sofrer pressão dos amigos, familiar ou social para manter um corpo “perfeito”, o que pode desencadear a bulimia nervosa.
A predisposição genética é um outro fator que influencia no desenvolvimento da bulimia.
Sintomas
Entre os sintomas de bulimia nervosa, podemos destacar:
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longos períodos de jejum seguidos por episódios em que o paciente se alimenta sem parar e mesmo sem fome;
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pessoa que come muito, mas não engorda;
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sentimento de culpa por se alimentar, seguido de eliminação daquilo que foi consumido;
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preocupação excessiva com o corpo e o peso.
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ter vergonha de comer na frente de outras pessoas, preferindo comer sozinho durante as refeições ou mesmo comer escondido, fora do horário de refeição de outras pessoas da família;
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esconder comida ou mentir sobre quanto dinheiro é gasto com comida;
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mentir constantemente sobre os hábitos alimentares;
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mudar constantemente de hábitos alimentares, deixando de gostar do que antes se gostava demais;
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acompanhar atentamente o peso e as medidas do paciente;
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fazer atividade física mesmo quando não está se sentindo bem;
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buscar constantemente esconder o corpo, usando roupas acima do seu tamanho normal e tendo vergonha de se despir mesmo na frente de parceiros;
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ter rituais de alimentação muito específicos, que seguem uma ordem muito delimitada ou que são restritos demais;
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adotar dietas constantemente, sem acompanhamento nutricional.
Além disso, o paciente com bulimia também pode apresentar outros sintomas, em decorrência dos episódios onde se esforçou para perder peso. É o caso de sinais como: dentes em mau estado, ​dentes que perdem o esmalte; boca seca; mau hálito; arritmia cardíaca; inflamação na garganta; desidratação.
Em pacientes que possuem a bulimia nervosa por um longo período, mesmo sem induzir o vômito ou usar laxantes para ter diarreia, há ainda a dificuldade em manter alimentos no organismo.
Tratamento
Geralmente, o tratamento da bulimia nervosa é multidisciplinar e pode envolver o uso de terapia e acompanhamento psicológico, além do acompanhamento com nutricionista e do uso de medicamentos sob recomendação do psiquiatra.
Além disso, um paciente em tratamento de bulimia nervosa precisa também contar com sua rede de apoio pessoal, que o encoraje e o lembre o quão querido e amado ele é, em um momento tão delicado como o de tratamento de uma doença mental.